4 de março de 2015

Balzaquiana!

Você está entrando na casta das mulheres balzaquianas. Calma, isso não é ruim. 

Balzac quando escreveu seu livro “Mulheres de trinta anos” quis retratar as mulheres mais experientes de uma forma não feita na literatura da época. Ele retratou sua beleza, felicidades e tristezas, angustias e sofrimentos, deveres sociais e obrigações impostas por um casamento frustrado e que o mundo mais machista do que hoje em dia a obrigava a aceitar. Isso foi motivo de polêmica na literatura da época e certa comoção do leitor da época por um retrato tão honesto de uma fatia da sociedade que era menosprezada.

Por tal motivo aceite o termo balzaquiana com louvor pois mostra a força e independência que as mulheres possuem. Tendo a beleza ainda no seu corpo mas com a maturidade de saber dosar como usar dessa beleza, a balzaquiana está empoderada sobre questões como casamento, separação, sexo e dar uma banana para a sociedade que a julga por ser tão bem resolvida!

Eu tenho tido o prazer de compartilhar com você seis anos da minha vida e comemorando seis aniversários seus. Juntos sempre amadurecendo e crescendo juntos. Espero que possa cantar muitos “Parabéns à você” pelo resto da minha vida e acompanhar cada vez mais a minha mais nova balzaquiana no seu processo de evolução como ser humano. Que você seja muito feliz, seus desejos se realizem e sempre conte comigo para ser o parceiro da sua vida.

Meus parabéns Carol, minha linda balzaquiana!

Mil beijos do seu eterno amante.

25 de novembro de 2014

Glutão, beberrão ou idiota?

       Ah, a ressaca! Instrumento de tortura da natureza para punir aqueles que cometem abusos contra seus corpos. O ser humano se acha forte, pensa que pode lidar com a situação, mas a ressaca é maior, mais esperta e mais ligeira que nós. Falo aqui nessa escrita das três ressacas passiveis para o ser humano, podendo ser elas isoladas ou não.
      Vamos pela ressaca alimentar. Todos cometemos excessos quando o assunto é comida, sempre cabe mais um pedacinho, aquele prato tem um sabor fantástico, vamos lá garçom desce mais um torresminho bem fritinho.O dia seguinte é criminoso, a sensação de culpa vem para alguns e o desconforto intestinal para outros, mas a pergunta entre todos é geral: Por que comer desse jeito? Eu vivo para comer ou como para viver? Aí, a barganha com toda sorte de paliativo é aplicada: de chazinho a digestivo, mas geralmente só o tempo vai fazer passar.
      Outra ressaca bem conhecida nossa é a ressaca pós bebedeira. No outro dia da farra parece que um trator passou pelo nosso corpo, o fígado foi esmurrado pela garrafa da bebida e seu cérebro está tão seco que o som mais baixo parece ter sido reproduzido no maior volume pela caixa de som mais potente do mundo. O gosto de cabo de guarda-chuva e a sensação que seu corpo vai murchar mostram que o tóxico do álcool está sendo eliminado do sistema e a falsa promessa de nunca mais beber daquele jeito dura somente até o próximo final de semana ou até as próximas duas horas, quem sabe né?
      Mas a pior ressaca é a moral. Contra essa não tem comprimido, epocler ou sal de frutas que faça passar mais rápido. Quando você acorda e vê um estranho na cama do seu lado, percebe que todo seu dinheiro acabou e não tem nem pro busão, que sua timeline no facebook tem umas fotos comprometedoras ou é um festival de indiretas que se encaixam perfeitamente em você. É nessa hora que ela ataca, te faz se sentir mal, pesa a consciência, te faz sentir menos digno e mexe com o seu pensamento. Essa ressaca é mais criminosa, pois geralmente está aliada aos outros tipos, principalmente o segundo, mas nada a impede que venha sozinha. Ela escolhe para atacar depois daquela briga com seus pais ou com a namorada, uma discussão com um amigo ou quando se maltrata alguém que não mereceu. Essa o tempo também ajuda a melhorar, mas há quem troque fácil um gosto de guarda-chuva na boca do que um peso a consciência.
      Depois dessas deliberações feitas, encerro dizendo que para não sofrer desse mal que é a ressaca é só não cometer excessos. Nosso corpo é uma máquina e, como qualquer máquina, não é perfeita e está sujeita a estragar. Conhecer nossos limites é essencial para se ter uma boa vida. Então da próxima vez que for bancar o glutão ou o beberrão ou o idiota pense bem e veja se isso vai te fazer bem, pois a vida é curta para perdemos ela tendo ressaca.

24 de julho de 2014

Reflexões sobre a efemeridade da vida

Ninguém gosta de parar para pensar no tempo em que vamos viver no nosso planetinha. Isso é algo que deixa qualquer um louco, algo que faz qualquer traço de razão sumir e consegue quebrar, ou pelo menos trincar, as mentes mais fortes. A Biologia nos dá uma linha reta de existência como seres viventes: Nascemos, crescemos, nos reproduzimos e morremos. É isso que acontece com qualquer ser vivente, seja uma bactéria que se reproduz por fissão binária ou alguns tipos de plantas que demoram anos para florescer.
O instinto nos faz aceitar melhor essa situação quando vivenciamos ela no fim desse ciclo. Temos aquela sensação que o dever foi cumprido, que a passagem foi completa e ponto, fechou-se o ciclo de existência de um ser vivo. Isso é aplicável em inúmeras situações: o nosso vôzinho, que se foi, no alto de seus 90 anos, aquele cachorrinho de estimação que tinha seus 14 aninhos e já mais dormia que abanava o rabo, aquele cavalo que, agora um pangaré velho, sempre foi um marchador viçoso. A dor da perda sempre fica, mas com certa facilidade tocamos a vida e tudo se engrena novamente.

O difícil é quando essa linha reta de existência não chega a terminar, ela se quebra no meio ou no começo. Ai a dor é maior, o sentimento de impotência vem mais forte e a sensação que a vida é algo efêmero nos abraça de forma inimaginável. O recém-nascido prematuro que não suportou a vida fora do ventre materno, a criança que não conseguiu superar uma doença, o adolescente que numa volta de moto em um sítio com o primo sofre um acidente, bate a cabeça e vem a falecer e um jovem adulto que o coração não aguentou a nossa vida mundana e parou de bater. Essa ferida é mais profunda, dolorida pois sai da lógica que crescemos aprendendo: a morte está condicionada a idade avançada. Uma morte fora dessa linha lógica nos impressiona muito, o vazio que fica é muito maior e tudo parece cinza.


Aqueles que se foram não sentem mais nada, a sua existência, breve ou longa, se findou. Os que vão sofrer são aqueles que ficaram aqui seguindo na linha da existência que de lógica não tem mais nada. E nós, que ficamos aqui, vamos ter que tirar lições disso (que professor seria eu se não tenta-se passar uma lição nessas palavras que escrevo aqui): A vida é curta, seja morrendo aos 2 anos ou aos 100 anos, então aproveite do jeito que lhe melhor condiz! Saia, curta os amigos, curta a família, leia bons livros, arrume o amor da sua vida, beije, abrace, saia do armário em qualquer sentido e seja feliz. Aproveite a vida que é curta mas sempre com responsabilidade, ela já é curta e nós não precisamos encurtar ela mais ainda sendo desmiolados. Tire sempre um tempo para reflexão pessoal, ficar mais introspectivo e sério é bom em alguns momentos porém não adote isso como regra, respeite as diferenças e combata as injustiças da forma mais neutra possível e sempre tente enxergar o lado do outro antes de prezar pelo seu lado. E digo mais uma vez, seja feliz! De risadas, gargalhadas, procure o que te faz feliz, se cerque de pessoas que te fazem feliz, pois infelizmente o que guardamos de quem terminou sua existência são as lembranças. E quando a saudade apertar do nosso ente querido, que venha uma lembrança feliz para que nosso choro tenha sua tristeza mas que seja feliz ao mesmo tempo.

Minha homenagem ao Diego Castro, Valdir Martins e a Simone Almeida. 

6 de julho de 2014

Projeto de vida

A
chuva parecia não ceder, mesmo assim Leonardo não pestanejou ao atravessar a rua para dar assistência imediata a mais um paciente que chegava ao pronto socorro, aquele seria o último do dia, ou melhor, da noite pensou. Já imaginava o conforto da cama, a maciez do cobertor após um longo banho quente e uma boa tigela de sopa instantânea. Os últimos meses de residência não estavam sendo nada fáceis, mas logo viria à formatura.
E como era almejada, após anos e anos de dedicação e renúncia; desde as aulas em período integral no ensino médio associado ao cursinho pré-vestibular noturno e aos finais de semana até a aprovação no vestibular. Era apenas o começo, na faculdade tinha aula em período integral de segunda a sábado, seguida por estágios no período noturno e agora, nos últimos anos da graduação, intermináveis horas de residência no pronto socorro estadual.
Tudo para trabalhar em um país em que supostos médicos compram o título como se comprassem um celular.
Mas enfim, nenhum paciente era responsável por suas escolhas. Após prestar assistência emergencial ao paciente, que apresentava um quadro de convulsão, Leonardo se via novamente cara a cara com chuva, apesar de gelada, era revigorante, deveria receitar o banho de chuva como tratamento alternativo, pensaria nisso futuramente.
Dirigiu calmamente até o bairro afastado da cidade onde morava desde o início do curso, no micro apartamento de quarenta metros quadrado, que fora presente dos pais, a escuridão era marca da solidão, em meio a livros e jalecos acomodou-se no sofá para ver as desgraças do dia no noticiário da meia-noite. E como sempre, pessoas roubavam, matavam, torturavam, em um mundo no qual o estudante de medicina era apenas um coadjuvante no palco da vida.
Como dedicado universitário que era, resolveu tomar logo um banho quente antes que fosse acometido por um resfriado, devido à chuva que tomara. Adormeceu pensando em como uma sopa preencheria a lacuna que havia em seu estômago.
Após quatro horas de sono que passaram num piscar de olhos, mais um dia se iniciava, para quem poderia se dar ao luxo de dormir, mais uma madrugada se iniciava. Não era este o caso, semana de provas, as últimas, logo seria médico.
E para encarar uma bateria de provas, nada como um café forte e sem açúcar na cantina da universidade, para energizar o sistema nervoso central, onde por sinal (na universidade) passaria suas próximas nove horas.
Mas sabe-se lá porque, passou lhe pela cabeça que uma caminhada pelo complexo esportivo da instituição seria de grande valia.
Passando pela quadra de tênis, lembrou como em vão o pai o arrastava para os treinos. No ginásio de ginástica, viu se fascinado pela ginástica artística há alguns anos atrás, o pai nunca aprovaria um filho que não fosse médico, advogado ou engenheiro.
Nunca gostara de física, e a ideia de trabalhar em um canteiro de obras não parecia muito agradável, quanto à segunda opção, detestava aquela espécie de engravatados que trabalhavam para que não houvesse justiça.
Já se aproximava da piscina olímpica quando recordou que nunca aprendera a nadar, faltava-lhe coordenação, bater pernas e conciliar as braçadas com a respiração era muita coisa para a sua cabeça. O fato de estar andando próximo a uma piscina com mais de três metros de profundidade causou-lhe arrepio.
Mas eis que não era para ser? Distraiu-se por alguns segundos com o celular e escorregou em uma poça da chuva do dia anterior, o que culminou com uma queda dentro da piscina.
O desespero de não saber nadar tomou-o por completo, debatia-se em vão para tentar subir à margem, estava afogando, tinha que sair dessa situação, estava prestes a se formar, ainda não curtira a vida, uma simples piscina não poderia acabar com tudo, era praticamente um médico, não podia, não queria morrer. Seus músculos contraíam ansiando por oxigênio, não conseguiu controlar mais, com um gesto involuntário sugou água pelas vias nasais, como quem busca freneticamente por ar, e ao contrário do que imaginava sentir, sentiu-se queimando por dentro, como se estivesse em meio a um incêndio, a água queimava lhe os pulmões, agonizava. Em seu último minuto de consciência, visualizou além da água, o sol que nascia. As pessoas normais agora despertariam; veio a óbito.
Em seu funeral, compareceram os poucos amigos e familiares que estimava, não conhecera muitas pessoas.
Em sua lápide, uma mensagem foi escrita em letras grandes e prateada, por um velho colega de infância:

“Reside aqui Leonardo, nasceu, cresceu e dedicou-se aos estudos. Não viajou, não saía com os amigos, não namorou, não se casou e não teve filhos.”

20 de junho de 2014

Copa do Mundo - Não consigo aceitar

Acredito que não podemos ser conformistas quando muito de nós é roubado. Não aceitar o "doce" que um ladrão e assassino nos dá. E para mim a Copa está sendo esse doce. Criticar a copa virou ser contra o Brasil. Não querer que toda essa "fantasia" que é criada na Copa iluda as pessoas virou ser contra o Brasil.

Vi um vídeo que um apresentador dizia que o futebol/copa é uma religião, e penso, como não concordar? Se até existe um ditado dizendo que Religião não se discute, nem Política, nem Futebol. Deve ser por isso que muita gente, mesmo vendo tudo o que está acontecendo ainda tem um orgulho em torcer pelo Brasil nessa Copa. É como Religião, mesmo vendo todo o mal que assola nosso mundo, ainda acreditam na salvação e torcem, mas no caso da Copa, não é bem assim.


Eu, simplesmente, não consigo aceitar o doce desse assassino.


Urnas é hora de protestar, mas quais brasileiros sabem votar? Quais brasileiros fazem uma pesquisa assídua e investigativa? Entramos em um outro problema no nosso País: fomos estimulados a não gostar de política. Eu fui, e muito, mas, não quero mais, preciso ser o exemplo que quero ver no mundo.


É triste, é lamentável, eu sei, ver os vândalos se aproveitando das manifestações para tocar o terror. Participei de manifestações em Bauru (dos 20 centavos) e lá quando o pessoal começava a vandalizar todos gritavam: "Sem violência!", gostei muito disso. É difícil e errado a situação com os vândalos, mas não podemos parar de manifestar, só por causa dos vândalos ou pelo fato de "fazer feio" na frente dos outros países. E tudo de errado que acontece aqui no Brasil? Então quer dizer que os brasileiros querem mostram um país gentil e idealizado para o mundo quando na prática ainda falta muito? É isso Brasil? Não é essa máscara que devemos colocar. Crimes e assassinatos, e todo tipo de maldades acontecem aos montes todos os dias, se agora que o povo começou a dar um "leve espasmo de consciência" (note: leve) nós deixarmos de protestar e manifestar. O que será de nós sem essa Voz?


Acredito que é uma forma dos políticos começarem a se preocupar e para eles verem que o Brasil não é tão manipulável, tão propriedade privada dele quanto ele imagina.


Esclarecendo: minha intenção, mesmo sendo incisivo, não é provocar ninguém, não é desafiar ninguém, não é dar indireta a ninguém, apenas quis expressar minha opinião em relação a Copa.


Estou aberto à discussões, posicionamentos, correções, elogios, críticas.


Juntos por uma Humanidade melhor.

8 de junho de 2014

O sentido de não ter sentido


Qual é o sentido da vida?
Acho que essa é uma das perguntas mais clichês que recorrem pelas bocas da humanidade até os dias de hoje. Desde que o homo sapiens se estabeleceu no mundo acredito que essa dúvida paire pelas conversas de boteco, cultos religiosos e congressos científicos, claro cada um com nível de profundidade e embasamento para discussão do assunto.
O ser humano tem como busca pessoal querer dar um sentido para o que faz. Tudo tem que estar fundamentado em cima de uma causa, ter sempre um por que de ser fazer. Com a vida em si não se é diferente, estamos sempre buscando um sentido para a vida. O sentido da vida é ser feliz para uns, o sentido da vida é adorar a um deus para conseguir uma recompensa em um possível outro mundo para outros, o sentido da vida é viver em comunhão com a natureza para alguns e assim vai, cada ser busca seu próprio sentido e vai se vivendo até o derradeiro fim.
A única coisa que a maioria das pessoas não conseguem absorver é que a vida não possui sentido algum. A vida não possui um sentido, cada um coloca seu conceito de sentido para a vida e o persegue. Somos uma ínfima parte do universo, menor que um grão de areia na praia, um pequeno pedaço replicante de um todo tão grande, mais tão grande, que não conseguimos entender que a vida não tem um sentido fixo.
Temos teorias que postulam como o universo começou, temos teorias de física quântica que falam sobre a singularidade em buracos negros, sobre a relatividade entre tempo e espaço e sobre um gato que você não sabe se vai estar vivo ou morto até que você abra a caixa e, nesse meio tempo, ele está meio vivo e meio morto. Essa teorias nos explicam as bases mais pequenas e operantes do universo e como isso se aplica na gente, como chegamos até aqui e reforça mais ainda, a vida não tem sentido. Somos fruto de diversas ações randômicas, meras casualidades, e vamos embora através da mesma casualidade. Sem fatalismo, sem destino, só o aleatório. O universo não tem nenhuma obrigação de fazer sentido para nós disse o astrofísico Neil deGrasse Tyson e a vida não é obrigada a ter sentido nenhum para nós também. Vai lá, busque seu sentido para vida, mas não se esqueça: “ O sentido da vida é não ter sentido”.

5 de janeiro de 2014

Circo sem pão




Meus caros, venho hoje palestrar a respeito de uma modalidade esportiva que não possui muita tradição em nosso país, mas que vem ganhando muitos adeptos nos últimos anos, estou me referindo ao UFC – ou Ultimate Fighting Championship que vem a ser a maior organização de artes marciais existente.

O UFC é uma modalidade esportiva, que proporciona lazer ao público através de lutas onde quase não há regras, e que tem como cenário um octógono;

[...]”o octógono é um colchão octogonal dentro de uma jaula, que possui suas laterais aramadas, as arestas e ângulos acolchoados e medindo 9 metros, de lado a lado. O colchão é feito de lona, e existem duas portas de acesso ao octógono, que são fechadas no começo de cada round.”[1]

Fazendo uma retrospectiva histórica, questiono, em que período histórico o homem precisou lutar pela sua vida para proporcionar entretenimento?
Sim meu amigo, se assim como eu, você não dormia nas aulas de história, sua resposta foi em Roma, durante a “política do pão e circo”, vejamos um pouco mais sobre os gladiadores:

“Os gladiadores eram escolhidos entre os prisioneiros de guerra e escravos. Com o passar das lutas, caso reunisse muitas vitórias, tornavam-se heróis populares.
Nas arenas (a mais famosa era o Coliseu de Roma), os gladiadores lutavam entre si, utilizando vários armamentos como, por exemplo, espadas, escudos, redes, tridentes, lanças, etc. Participavam também das lutas montados em cavalos ou usando bigas (carros romanos puxados por cavalos). Muitas vezes estes gladiadores eram colocados na arena para enfrentar feras (leões, onças e outros animais selvagens).
O combate entre gladiadores terminava quando um deles morria ou ficava ferido com impossibilidade de continuar a luta.
Os gladiadores mais bem sucedidos ganhavam, além da popularidade, muito dinheiro e, com o tempo, podiam largar a carreira de forma honrosa. Estes privilegiados ganhavam uma pensão do império e um gládio (espada de madeira simbólica).”[2]

Estaríamos nós, em vez de evoluindo como seres humanos sensatos, regredindo ao considerar uma luta corporal de extrema violência um entretenimento?

A violência física que é tão marginalizada em nosso dia a dia, deve ser assim tão divulgada e aclamada? Violência gera violência? A agressividade apresentada no UFC, que já é transmitido em canais abertos, é cabível ao nosso contexto de viver em sociedade?

Particularmente, me entristeço com o enfoque que a mídia dá a essa modalidade esportiva, não há entretenimento em ver duas pessoas travando uma batalha “corpo a corpo”. Antropologicamente falando, o embate físico é uma característica de uma sociedade muito primitiva, onde o homem não possui um pensamento evoluído, onde o uso da força se faz necessário uma vez que não há um ser predominantemente racional.

O problema em si está no público que transforma uma mistura de artes marciais em um espetáculo de depredação de princípios humanos, se uma luta, seja no “estádio” ou na TV causa diversão, porque uma briga de rua não? Como vou ensinar meu filho que não é saudável para a sua formação jogar CS se os colegas de sala dele assistem ao UFC?

Bom, aos que não abandonaram a leitura desse artigo no início por me acharem um tolo, agradeço pela credibilidade, aos que me elogiarão e aos que me apedrejarão, fica aí o meu posicionamento a respeito do UFC, espero que tenha feito vocês refletirem um pouco mais respeito do assunto. Até o próximo tema.



[1] http://www.significados.com.br/octogono/
[2] http://www.suapesquisa.com/imperioromano/gladiadores.htm

29 de novembro de 2013

O sono profundo do ser humano

Do blog Águas de Poesia, por João Gustavo Alquatti

Me veio a mente, na noite passada, quando estava pronto para dormir, com o sono e o cansaço me tomando por completo, pensamentos sobre a morte. Elaborei-os, hoje, assim:

A morte não é má nem ruim. Assim como a vida não é boa. Ambos são parte de um processo de acordar e dormir. Somos nós quem damos significados para estas duas coisas, mas quando ambas acontecem, nossa consciência é desligada de nós. E então somos parte do processo. E esta é a natureza da verdadeira beleza como o pilar do equilíbrio, a consciência da não-consciência, dos processos inconscientes como parte do todo.

Será mesmo que a morte é ruim? Quando você ficou por três dias acordado e está muito cansado, o sono parece o único caminho, nem o amor nem nada supera o delírio em sua mente que necessita fisicamente daquele sono.

A morte não seria o mesmo? Imagine ficar "acordado" por 70 anos, por 80 anos. Você necessitará de um sono profundo para que descanses de toda a vida que viveu, de tudo que viu, sentiu, amou.

Eu faço o consentimento de que nós, seres humanos, somos apegados demais nas coisas, somos materialistas, somos criaturas enraizadas nesta terra, amantes por natureza, e não queremos perder tudo que tivemos aqui, muito menos perder quem amamos.

Essa é uma dor terrível para nós. E somente um pensamento divino e superior poderá suprir essa perda. Seja lá qual for seu Deus, sua representação divina.

Deve de haver o pensamento da não-perda. De que a energia flui para cima e para baixo, e para todos os lados. Vagando como as estrelas no céu, como as brisas e os ventos que sopram gelados e quentes, como as ondas do sol que irradiam de seu núcleo superaquecido, como ondas do mar que vem e vão, como as areias do tempo que passam desconstruindo tudo e criando tudo novamente. Somos tudo isso. Somos terráqueos e membros da aliança universal em que tudo existe e não existe, em que tudo é vivo e morto, em que tudo é meu ou não é meu, em que tudo é amor ou ódio, razão ou emoção.