22 de dezembro de 2011
Mídia Sem Máscara - Opressão sedutora
Mídia Sem Máscara - Opressão sedutora
15 de dezembro de 2011
Muitas vezes é preciso silenciar
Albert Camus
Às vezes a tagarelice de muita gente apenas piora as situações! Seria mais interessante, diante de alguns acontecimentos, calar-se do que tentar dizer alguma coisa.
9 de dezembro de 2011
5 de dezembro de 2011
Recicle suas idéias, repense seus conceitos
"O mesmo homem não pode atravessar o mesmo rio, porque o homem de ontem não é o mesmo homem, nem o rio de ontem é o mesmo do hoje" - Heráclito
Recicle suas idéias, repense seus conceitos
Cerveja & Filosofia - virou livro de PhD!
E o melhor de tudo, escrito por um PhD!
Até que enfim um livro de verdadeira filosofia e questionamento, e com fins totalmente práticos HAHAHA! #ficadica
Mais informações aqui: Livraria Cultura
30 de novembro de 2011
28 de novembro de 2011
26 de novembro de 2011
Viva Sócrates
É proibido proibir
24 de novembro de 2011
Um pouco de poesia
por: Carlos Drummond de Andrade
E como eu palmilhasse vagamente
uma estrada de Minas, pedregosa,
e no fecho da tarde um sino rouco
se misturasse ao som de meus sapatos
que era pausado e seco; e aves pairassem
no céu de chumbo, e suas formas pretas
lentamente se fossem diluindo
na escuridão maior, vinda dos montes
e de meu próprio ser desenganado,
a máquina do mundo se entreabriu
para quem de a romper já se esquivava
e só de o ter pensado se carpia.
Abriu-se majestosa e circunspecta,
sem emitir um som que fosse impuro
nem um clarão maior que o tolerável
pelas pupilas gastas na inspeção
contínua e dolorosa do deserto,
e pela mente exausta de mentar
toda uma realidade que transcende
a própria imagem sua debuxada
no rosto do mistério, nos abismos.
Abriu-se em calma pura, e convidando
quantos sentidos e intuições restavam
a quem de os ter usado os já perdera
e nem desejaria recobrá-los,
se em vão e para sempre repetimos
os mesmos sem roteiro tristes périplos,
convidando-os a todos, em coorte,
a se aplicarem sobre o pasto inédito
da natureza mítica das coisas,
assim me disse, embora voz alguma
ou sopro ou eco ou simples percussão
atestasse que alguém, sobre a montanha,
a outro alguém, noturno e miserável,
em colóquio se estava dirigindo:
"O que procuraste em ti ou fora de
teu ser restrito e nunca se mostrou,
mesmo afetando dar-se ou se rendendo,
e a cada instante mais se retraindo,
olha, repara, ausculta: essa riqueza
sobrante a toda pérola, essa ciência
sublime e formidável, mas hermética,
essa total explicação da vida,
esse nexo primeiro e singular,
que nem concebes mais, pois tão esquivo
se revelou ante a pesquisa ardente
em que te consumiste... vê, contempla,
abre teu peito para agasalhá-lo.”
As mais soberbas pontes e edifícios,
o que nas oficinas se elabora,
o que pensado foi e logo atinge
distância superior ao pensamento,
os recursos da terra dominados,
e as paixões e os impulsos e os tormentos
e tudo que define o ser terrestre
ou se prolonga até nos animais
e chega às plantas para se embeber
no sono rancoroso dos minérios,
dá volta ao mundo e torna a se engolfar,
na estranha ordem geométrica de tudo,
e o absurdo original e seus enigmas,
suas verdades altas mais que todos
monumentos erguidos à verdade:
e a memória dos deuses, e o solene
sentimento de morte, que floresce
no caule da existência mais gloriosa,
tudo se apresentou nesse relance
e me chamou para seu reino augusto,
afinal submetido à vista humana.
Mas, como eu relutasse em responder
a tal apelo assim maravilhoso,
pois a fé se abrandara, e mesmo o anseio,
a esperança mais mínima — esse anelo
de ver desvanecida a treva espessa
que entre os raios do sol inda se filtra;
como defuntas crenças convocadas
presto e fremente não se produzissem
a de novo tingir a neutra face
que vou pelos caminhos demonstrando,
e como se outro ser, não mais aquele
habitante de mim há tantos anos,
passasse a comandar minha vontade
que, já de si volúvel, se cerrava
semelhante a essas flores reticentes
em si mesmas abertas e fechadas;
como se um dom tardio já não fora
apetecível, antes despiciendo,
baixei os olhos, incurioso, lasso,
desdenhando colher a coisa oferta
que se abria gratuita a meu engenho.
A treva mais estrita já pousara
sobre a estrada de Minas, pedregosa,
e a máquina do mundo, repelida,
se foi miudamente recompondo,
enquanto eu, avaliando o que perdera,
seguia vagaroso, de mãos pensas.
Um ensaio sobre as relações sociais na Universidade
A busca por sucesso profissional e por uma realização pessoal é assunto que encharca o plano histórico contemporâneo, qual está contextualizado no cenário capitalista que promove o individualismo, a especialização e a excelência. E a Universidade possui um papel muito importante para que esses fatores se concretizem, uma vez sendo fonte de ensino e capacitação nesse mesmo plano. Mas essa busca por objetivos pessoais perpassa a idéia da realização individual e se tornar objeto de um plano muito mais abrangente, o plano social.
Durkheim caracteriza como um fato social condutas que são exteriores ao indivíduo e que exercem uma força sobre o mesmo, ou seja, maneiras de pensar e agir que são exteriores e estão no plano social. Nessa idéia o fato de querer entrar em uma Universidade para se tornar um profissional em uma área não seria de preocupação social, uma vez que vem como desejo de concretizar uma realização pessoal, mas quando olhamos para a Universidade, sendo ela pública, nos deparamos com uma problemática de interesse social, assumindo que a educação é um direito de todos. Estamos então diante de um fato social que se ratifica todos os anos com a entrada e saída de pessoas nas Universidades brasileiras.
Essa proposta social de que a educação é um direito de todos se constrói, nas Universidades brasileiras, sob uma idéia de mérito que se caracteriza e toma forma nos vestibulares, onde todos concorrem a um número limitado de vagas e os que tirarem as melhores notas entram. Diante disso podemos perceber quão grande objeto de estudo social esse fato se torna, uma vez que se remete ao darwinismo social de Spencer onde o mais forte sobrevive. Ora, a sociedade vem de um plano militar e se desenrola gigantescamente em um plano industrial, buscando nesse sentido um progresso fundamentado em uma ordem moral, ou seja, em leis e regras que exortam e moldam as sociedades, aproximando um indivíduo do outro, portanto a problemática social do ensino está latente, uma vez que o darwinismo social é de muito agrado e favorece a burguesia. Como compreender que a educação é um direito de todos e conceber a idéia de que isso realmente acontece, quando vemos uma pessoa que estudou em escola pública, que carece de ensino comprometido, disputar a mesma vaga com uma pessoa que estudou em escola particular e fez cursinho?
Tomando por base que os estudos sociais possuem como objeto os fatos sociais e apoiados pela biologia que prova que a raça humana é monotípica nos resta preocuparmos com o humano em geral, seja ele classificado, de forma desnecessária em tempos modernos, como branco, negro, mestiço. Portanto se encontramos uma grande maioria fora das Universidades que possuem baixa renda, fator social e não biológico, é necessário uma ação social para a inserção desses mesmos nas Universidades, tendo assim o real direito à educação, seja por meio de cotas, instrução para um comprometimento desses ou uma revolução no ensino público.
Durkheim também fala da divisão do trabalho, onde, em função dessa busca pelo progresso e da instrumentalização da razão como fator articulador, a força industrializadora atingiu a ciência, ramificando-a em diferentes áreas, com seus estudos, métodos, preocupações e objetivos. Essa divisão do trabalho potencializa a idéia de progresso e se desloca mais ainda do horizonte dogmático e conformista da idade média, mas só pode subsistir através de uma solidariedade mútua que se dá na ordem moral, no respeito do direito. E nesse desenrolar complexo da modernidade industrial um fator afeta suas engrenagens, um fator patológico denominado anomia, a perda de atuação consciente de um indivíduo na sociedade, qual segue à mercê, à deriva nas relações que assolam o plano social.
Portanto o entendimento social de uma Universidade em seu papel educacional, em seu papel de formadora de formadores de opiniões sociais, é de extrema importância e, por mais comum que seja a presença desses fatos sociais, ainda permanecem intrínsecos sob o véu das ações rotineiras.
9 de novembro de 2011
6 de novembro de 2011
28 de outubro de 2011
Degeneração democrática
(Aristóteles, Política, livro IV, 4)
Retirado do site: http://pensamentoscatolicos.blogspot.com/
21 de outubro de 2011
Você tem fome de quê? Você tem sede de quê?
Bebida é água comida é pasto!
Você tem sede de que?
Você tem fome de que?...
A gente não quer só comida
A gente quer comida diversão e arte
A gente não quer só comida
A gente quer saída para qualquer parte...
A gente não quer só comida
A gente quer bebida diversão, balé
A gente não quer só comida
A gente quer a vida como a vida quer...
Bebida é água comida é pasto!
Você tem sede de que?
Você tem fome de que?...
A gente não quer só comer
A gente quer comer e quer fazer amor
A gente não quer só comer
A gente quer prazer prá aliviar a dor...
A gente não quer só dinheiro
A gente quer dinheiro e felicidade
A gente não quer só dinheiro
A gente quer inteiro e não pela metade...
Bebida é água comida é pasto!
Você tem sede de que?
Você tem fome de que?...
Diversão e arte
Para qualquer parte
Diversão, balé
Como a vida quer
Desejo, necessidade, vontade
Necessidade, desejo, eh!
Necessidade, vontade, eh!
Necessidade.
Em UM PAIS COMO O NOSSO ONDE AS POLITICAS PUBLICAS SE OCUPAM COM PROGRAMAS ASSISTENCIALISTAS, os "HOMENS " DO PODER se esquecem que as pessoas ajudadas por eles não querem simplesmente
20 de outubro de 2011
18 de outubro de 2011
Vivamos o agora!
Devia ter amado mais ter chorado mais
Ter visto o sol nascer
Devia ter arriscado mais e até errado mais
Ter feito o que eu queria fazer...
Queria ter aceitado as pessoas como elas são
Cada um sabe a alegria e a dor que traz no coração...
O acaso vai me proteger enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger enquanto eu andar...
Devia ter complicado menos trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr
Devia ter me importado menos com problemas pequenos
Ter morrido de amor...
Queria ter aceitado a vida como ela é
A cada um cabe alegrias e a tristeza que vier...
O acaso vai me proteger enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger enquanto eu andar...
Devia ter complicado menos
Trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr...
"Tu, que não és senhor do teu amanhã, não adies o momento de gozar o prazer possível! Consumimos nossa vida a esperar e morremos empenhados nessa espera do prazer." - Epicuro
Nos Tratam Como Débeis e o que Fazemos??
14 de outubro de 2011
6 de outubro de 2011
Eis que surge a, não tão brilhante, aurora...
5 de outubro de 2011
15 de setembro de 2011
Estou OF !
"Hoje as pessoas estão tão tecnizadas que quando elas não estão interessadas em algo elas simplesmente se desligam, ficam OF! Mas então como ficam as relações humanas, como se lida com as contradições da vida? Vamos simplesmente ficarmos OF?"
Vejo muitas vezes isso acontecer em meu dia-a-dia onde as pessoas diante de situações embaraçosas ou situações que elas não se sentem bem, não se interessam, elas se desligam de uma forma impressionante e parecem não esta ali naquele momento, pelo menos não em pensamentos...
E isso me parece estar se agravando cada vez mais e mais, a ponto de pessoas estarem juntas, reunidas em um mesmo lugar, mas estão na verdade interessadas em uma outra conversa que ela está mantendo por msg no celular ou na música que toca em seu fone de ouvido. E aí, como fica o relacionamento interpessoal dessas pessoas? Onde está o relacionamento quente da amizade, do abraço, da palavra?
E o pior é que essa patologia está tão disseminada em nossa sociedade contemporânea que mesmo ao tentar dar um conselho a alguém que errou ou falar algo que discorde das atitudes dessa pessoa a leva a se desligar,a ficar OF, enquanto você gasta seu palavreado para tentar ajudá-la.
O narcisismo moderno está fechando as pessoas em seus casulos e prendendo-as em suas amarras, voltando seus olhos apenas para sua aparência e para aquilo que lhe interessa: tudo o que acaricie o seu ego e não lhe coloque em uma situação difícil e constrangedora!
A nossa sociedade já está saciada de individualismo, de orgulho e avareza; de olhares de cobiça e de disputas e mais disputas; está tomada pelo ego inflamado e pela omissão daqueles que sabem que podem fazer algo mas preferem ficar OF! Precisamos de pessoas preocupadas com o mundo, preocupadas com o rumo em que as coisas estão tomando; precisamos principalmente de pessoas que amem e mudem as coisas!
Você pode ser mais um nessa batalha, ajudem-nos a acordar aqueles que estão sob o sono indolente do comodismo e da alienação!
2 de setembro de 2011
To na atividade!
Ok! Então tá, vamos trabalhar na mente desse povo sem cultura e opinião através das nossas reflexões...ao menos das minhas kkkkkk.
Beijo pra minas e abraço pros manos.
Ps: a parte da pesquisa e estudo é mentira viu gente...o resto é verdade kkk.
30 de agosto de 2011
Aqui jáz um coração!
Mais que um mero poema - Rosa de Saron
Parece estranho
Sinto o mundo girando ao contrário
Foi o amor que fugiu da sua casa
E tudo se perdeu no tempo
É triste e real
Eu vejo gente se enfrentando
Por um prato de comida
Água é saliva
Êxtase é alívio, traz o fim dos dias
E enquanto muitos dormem, outros se contorcem
É o frio que segue o rumo e com ele a sua sorte
Você não viu?
Quantas vezes já te alertaram
Que a Terra vai sair de cartaz
E com ela todos que atuaram?
E nada muda, é sempre tão igual
A vida segue a sina
Mães enterram filhos, filhos perdem amigos
Amigos matam primos
Jogam os corpos nas margens dos rios contaminados
Por gigantes barcos
Aquilo no retrato é sangue ou óleo negro?
Aqui jaz um coração que bateu na sua porta às 7 da manhã
Querendo sua atenção, pedindo a esmola de um simples amanhã
Faça uma criança, plante uma semente
Escreva um livro e que ele ensine algo de bom
A vida é mais que um mero poema
Ela é real
É pão e circo, veja
A cada dose destilada, um acidente que alcooliza o ambiente
Estraga qualquer face limpa
De balada em balada vale tudo
E as meninas
Das barrigas tiram os filhos, calam seus meninos
Selam seus destinos
São apenas mais duas histórias destruídas
Há tantas cores vivas caçando outras peles
Movimentando a grife
A moda agora é o humilhado engraxando seu sapato
Em qualquer caso é apenas mais um chato
Aqui jaz um coração!
24 de agosto de 2011
23 de agosto de 2011
Brasil corrupção - Ana Carolina e Tom zé
puto saco de mau cheiro do Acre ao Rio de Janeiro
Neste país de manda-chuvas cheio de mãos e luvas
tem sempre alguém se dando bem de São Paulo a Belém
Pego meu violão de guerra pra responder essa sujeira
E como começo de caminho quero a unimultiplicidade
onde cada homem é sozinho a casa da humanidade
Não tenho nada na cabeça a não ser o céu
não tenho nada por sapato a não ser o passo
Neste país de pouca renda senhoras costurando
pela injustiça vão rezando da Bahia ao Espírito Santo
Brasília tem suas estradas mas eu navego é noutras águas
E como começo de caminho quero a unimultiplicidade
onde cada homem é sozinho a casa da humanidade
Luana Zili @luanazili
22 de agosto de 2011
Senadores da frente de combate à corrupção querem que sociedade pressione o Congresso
Diante de toda essa grande polêmica no congresso sobre o tal "escândalo dos transportes" e CPI's e mais CPI's, achei digna de mérito a declaração dos senadores que estão à frente de um grupo informal de combate à corrupção no Brasil quando disseram que a sociedade deve pressionar o congresso para que medidas sejam tomadas.
Vários deles se mostraram preocupados com a situação de escândalos e mais escândalos e disseram que é necessários que a população se mostre também inconformada com tal prática e provoquem uma mobilização legítma que cobre do congresso uma resposta imediata em favor do esclarecimento e resolução desses fatos notóriamente visíveis; a chamada faxina que Dilma Rousseff estava aplicando.
"A pressão de fora para dentro do Congresso é o que faz ele se mexer. Quando a movimentação começa a pressionar para votar determinadas matérias, o Congresso se move e faz. O exemplo melhor é o da Lei Ficha Limpa, porque foi uma ação popular e aí o Congresso não teve outra alternativa senão se curvar ao poder maior que é o da sociedade" Ana Amélia Lemos (PP-RS)
Reclamamos tanto desses escânda-los, de dinheiro na meia e na cueca, de propina e estorção, desvios e mais desvios de dinheiro, mas ficaremos apenas nessa indignação individual e momentânea? Vamos continuar deixando de lado nossa indignação com tudo isso depois de um churrasco de domingo ou vamos acordar na segunda-feira conscientes de que temos nosso papel na mudança do país? O que fazemos para melhor a vida em sociedade?
"Eu vejo que esse movimento é importante em razão de uma única palavra. Resistir! Resistência à corrupção. Não interessa quem seja a presidente, de que partido é a presidente. O que interessa é que nós temos que iniciar, ou dar continuidade para ganhar a luta e acabar com a corrupção. Porque não adianta você ter milhares de programas governamentais, bolsa escola, bolsa família, bolsa isso, bolsa aquilo se esse dinheiro não chega na atividade final, se esse dinheiro some na atividade meio." Pedro Taques (PDT-MT)
Colocamos os políticos sempre na berlinda e os rotulamos, dizendo que não tomam providências, mas agora o jogo se inverteu e eles, os poucos que ainda estão preocupados com a sanidade do congresso em vez cargos e emendas, estão contando conosco para fazer nossa parte. E agora Brasil, o que faremos? Usaremos nosso direito de expressão sofridamente reivindicado durante a repressão militar ou continuaremos a reclamar e reclamar sem tomarmos partido das coisas?
"Os filósofos até hoje se preocuparam apenas em interpretar o mundo; trata-se, porém, de transformá-lo" - Karl Marx
RECICLE SUAS IDÉIAS, REPENSE SEUS CONCEITOS!
Só sacanagem
Tudo isso que está aí no ar: malas, cuecas que voam entupidas de dinheiro. Do meu dinheiro, do nosso dinheiro que reservamos duramente pra educar os meninos mais pobres que nós, pra cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus pais. Esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade e eu não posso mais. Quantas vezes, meu amigo, meu rapaz, minha confiança vai ser posta a prova? Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais? É certo que tempos difíceis existem pra aperfeiçoar o aprendiz, mas não é certo que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz. Meu coração tá no escuro. A luz é simples, regada ao conselho simples de meu pai, minha mãe, minha avó e todos os justos que os precederam. 'Não roubarás!', 'Devolva o lápis do coleguinha', 'Esse apontador não é seu, minha filha'. Ao invés disso, tanta coisa nojenta e torpe tenho tido que escutar! Até habeas corpus preventiva, coisa da qual nunca tinha visto falar, sobre o qual minha pobre lógica ainda insiste: esse é o tipo de benefício que só ao culpado interessará! Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear! Mais honesta ainda eu vou ficar! Só de sacanagem!
Dirão: 'Deixe de ser boba! Desde Cabral que aqui todo mundo rouba!
E eu vou dizer: 'Não importa! Será esse o meu carnaval! Vou confiar mais e outra vez. Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos.'
Vamo pagar limpo a quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês. Com o tempo, a gente consegue ser livre, ético e o escambal.
Dirão: 'É inútil! Todo mundo aqui é corrupto desde o primeiro homem que veio de Portugal!'
E eu direi: 'Não admito! Minha esperança é imortal, ouviram? Imortal!'
Sei que não dá pra mudar o começo, mas, se a gente quizer, vai dar pra mudar o final!
Luana Zili, @luanazili
18 de agosto de 2011
O Mito da Caverna
Atrás deles, a certa distância e altura, um fogo cuja luz os alumia; entre o fogo e os cativos imagina um caminho escarpado, ao longo do qual um pequeno muro parecido com os tabiques que os pelotiqueiros põem entre si e os espectadores para ocultar-lhes as molas dos bonecos maravilhosos que lhes exibem.
GLAUCO - Imagino tudo isso.
SÓCRATES - Supõe ainda homens que passam ao longo deste muro, com figuras e objetos que se elevam acima dele, figuras de homens e animais de toda a espécie, talhados em pedra ou madeira. Entre os que carregam tais objetos, uns se entretêm em conversa, outros guardam em silêncio.
GLAUCO - Similar quadro e não menos singulares cativos!
SÓCRATES - Pois são nossa imagem perfeita. Mas, dize-me: assim colocados, poderão ver de si mesmos e de seus companheiros algo mais que as sombras projetadas, à claridade do fogo, na parede que lhes fica fronteira?
GLAUCO - Não, uma vez que são forçados a ter imóveis a cabeça durante toda a vida.
SÓCRATES - E dos objetos que lhes ficam por detrás, poderão ver outra coisa que não as sombras?
GLAUCO - Não.
SÓCRATES - Ora, supondo-se que pudessem conversar, não te parece que, ao falar das sombras que vêem, lhes dariam os nomes que elas representam?
GLAUCO - Sem dúvida.
SÓRATES - E, se, no fundo da caverna, um eco lhes repetisse as palavras dos que passam, não julgariam certo que os sons fossem articulados pelas sombras dos objetos?
GLAUCO - Claro que sim.
SÓCRATES - Em suma, não creriam que houvesse nada de real e verdadeiro fora das figuras que desfilaram.
GLAUCO - Necessariamente.
SÓCRATES - Vejamos agora o que aconteceria, se se livrassem a um tempo das cadeias e do erro em que laboravam. Imaginemos um destes cativos desatado, obrigado a levantar-se de repente, a volver a cabeça, a andar, a olhar firmemente para a luz. Não poderia fazer tudo isso sem grande pena; a luz, sobre ser-lhe dolorosa, o deslumbraria, impedindo-lhe de discernir os objetos cuja sombra antes via.
Que te parece agora que ele responderia a quem lhe dissesse que até então só havia visto fantasmas, porém que agora, mais perto da realidade e voltado para objetos mais reais, via com mais perfeição? Supõe agora que, apontando-lhe alguém as figuras que lhe desfilavam ante os olhos, o obrigasse a dizer o que eram. Não te parece que, na sua grande confusão, se persuadiria de que o que antes via era mais real e verdadeiro que os objetos ora contemplados?
GLAUCO - Sem dúvida nenhuma.
SÓCRATES - Obrigado a fitar o fogo, não desviaria os olhos doloridos para as sombras que poderia ver sem dor? Não as consideraria realmente mais visíveis que os objetos ora mostrados?
GLAUCO - Certamente.
SÓCRATES - Se o tirassem depois dali, fazendo-o subir pelo caminho áspero e escarpado, para só o liberar quando estivesse lá fora, à plena luz do sol, não é de crer que daria gritos lamentosos e brados de cólera? Chegando à luz do dia, olhos deslumbrados pelo esplendor ambiente, ser-lhe ia possível discernir os objetos que o comum dos homens tem por serem reais?
GLAUCO - A princípio nada veria.
SÓCRATES - Precisaria de algum tempo para se afazer à claridade da região superior. Primeiramente, só discerniria bem as sombras, depois, as imagens dos homens e outros seres refletidos nas águas; finalmente erguendo os olhos para a lua e as estrelas, contemplaria mais facilmente os astros da noite que o pleno resplendor do dia.
GLAUCO - Não há dúvida.
SÓCRATES - Mas, ao cabo de tudo, estaria, decerto, em estado de ver o próprio sol, primeiro refletido na água e nos outros objetos, depois visto em si mesmo e no seu próprio lugar, tal qual é.
GLAUCO - Fora de dúvida.
SÓCRATES - Refletindo depois sobre a natureza deste astro, compreenderia que é o que produz as estações e o ano, o que tudo governa no mundo visível e, de certo modo, a causa de tudo o que ele e seus companheiros viam na caverna.
GLAUCO - É claro que gradualmente chegaria a todas essas conclusões.
SÓCRATES - Recordando-se então de sua primeira morada, de seus companheiros de escravidão e da idéia que lá se tinha da sabedoria, não se daria os parabéns pela mudança sofrida, lamentando ao mesmo tempo a sorte dos que lá ficaram?
GLAUCO - Evidentemente.
SÓCRATES - Se na caverna houvesse elogios, honras e recompensas para quem melhor e mais prontamente distinguisse a sombra dos objetos, que se recordasse com mais precisão dos que precediam, seguiam ou marchavam juntos, sendo, por isso mesmo, o mais hábil em lhes predizer a aparição, cuidas que o homem de que falamos tivesse inveja dos que no cativeiro eram os mais poderosos e honrados? Não preferiria mil vezes, como o herói de Homero, levar a vida de um pobre lavrador e sofrer tudo no mundo a voltar às primeiras ilusões e viver a vida que antes vivia?
GLAUCO - Não há dúvida de que suportaria toda a espécie de sofrimentos de preferência a viver da maneira antiga.
SÓCRATES - Atenção ainda para este ponto. Supõe que nosso homem volte ainda para a caverna e vá assentar-se em seu primitivo lugar. Nesta passagem súbita da pura luz à obscuridade, não lhe ficariam os olhos como submersos em trevas?
GLAUCO - Certamente.
SÓCRATES - Se, enquanto tivesse a vista confusa -- porque bastante tempo se passaria antes que os olhos se afizessem de novo à obscuridade -- tivesse ele de dar opinião sobre as sombras e a este respeito entrasse em discussão com os companheiros ainda presos em cadeias, não é certo que os faria rir? Não lhe diriam que, por ter subido à região superior, cegara, que não valera a pena o esforço, e que assim, se alguém quisesse fazer com eles o mesmo e dar-lhes a liberdade, mereceria ser agarrado e morto?
GLAUCO - Por certo que o fariam.
15 de agosto de 2011
Até quando?
A gente muda o mundo na mudança da mente
E quando a mente muda a gente anda pra frente
E quando a gente manda ninguém manda na gente!
Na mudança de atitude não há mal que não se mude nem doença sem cura
Na mudança de postura a gente fica mais seguro
Na mudança do presente a gente molda o futuro!
Com muita fé e pouca luta
Levanta aí que você tem muito protesto pra fazer
E muita greve, você pode, você deve, pode crer
Até quando você vai ficar levando porrada,
até quando vai ficar sem fazer nada
12 de agosto de 2011
11 de agosto de 2011
Quem merece maior mérito?
Na ocasião todo o país, inclusive eu, ficou torcendo para o Brasil atingir uma boa pontuação no quadro geral de medalhas. Lembro-me que eu sentava à televisão e torcia durante as competições, impulsionado principalmente pelas narrações dos que faziam a cobertura de tais jogos - cobertura em massa que buscava toda e qualquer informação sobre os jogos. Eram centenas de repórteres brasileiros na China cobrindo o evento, e mais milhares no Brasil dando suporte técnico. Uma grande obra da mídia, não só brasileira, mas mundial. E o quadro de medalhas se fechou assim:
Bem, não foi aquilo que nós sonhamos, principalmente quando olho para o quanto de dinheiro fora investido para preparação e cobertura de tal evento.
Alguns dias após o final das olimpíadas ouvi, em uma reportagem rápida no jornal nacional, que nos jogos paraolímpicos que estavam acontecendo o Brasil já somava um quadro de 23 medalhas, sendo que os jogos ainda não haviam acabado. Comecei então a pensar: por que não estão cobrindo esses jogos da mesma forma que cobriram as olimpíadas?
Assim segue-se o quadro de medalhas da paraolimpíada de 2008
E volto a perguntar-me nesse palco de atividades para receber o jogos olímpicos e paraolímpicos em 2016: Quem será prioridade? Quem merecerá maior mérito? Quem terá a maior cobertura da mídia?
O homem às vezes - ou sempre hehehe - me parece irracional, pois despreza o 9º colocado para ficar com o 23º! Por que será que isso acontece? Será que o 23º dá mais retorno à mídia por ser todos atletas famosos e o 9º apenas atletas desconhecidos? Mas quem trás mais orgulhos à nação: o 9º lugar com 47 medalhas conquistadas por pessoas que superaram suas deficiências e dificuldades ou o 23º lugar com 15 medalhas conquistadas por atletas renomados e que não possuem nenhuma deficiência e por outro lado têm maior estímulo capital, da mídia e maior infra-estrutura?
Quem merece maior mérito?
RECICLE SUAS IDÉIAS, REPENSE SEUS CONCEITOS!
9 de agosto de 2011
5 de agosto de 2011
Apenas um caminhante...
4 de agosto de 2011
3 de agosto de 2011
O Tempo
2 de agosto de 2011
Um pouco de poesia
Nem toda palavra é
Aquilo que o dicionário diz
Nem todo pedaço de pedra
Se parece com tijolo ou com pedra de giz
Avião parece passarinho
Que não sabe bater asa
Passarinho voando longe
Parece borboleta que fugiu de casa
Borboleta parece flor
Que o vento tirou pra dançar
Flor parece a gente
Pois somos semente do que ainda virá
A gente parece formiga
Lá de cima do avião
O céu parece um chão de areia
Parece descanso pra minha oração
A nuvem parece fumaça
Tem gente que acha que ela é algodão
Algodão as vezes é doce
Mas as vezes né doce não
Sonho parece verdade
Quando a gente esquece de acordar
O dia parece metade
Quando a gente acorda e esquece de levantar
Hum... E o mundo é perfeito
Hum... E o mundo é perfeito
E o mundo é perfeito
Eu não pareço meu pai
Nem pareço com meu irmão
Sei que toda mãe é santa
Sei que incerteza traz inspiração
Tem beijo que parece mordida
Tem mordida que parece carinho
Tem carinho que parece briga
Tem briga que aparece pra trazer sorriso
Tem riso que parece choro
Tem choro que é por alegria
Tem dia que parece noite
E a tristeza parece poesia
Tem motivo pra viver de novo
Tem o novo que quer ter motivo
Tem aquele que parece feio
Mas o coração nos diz que é o mais bonito
Descobrir o verdadeiro sentido das coisas
É querer saber demais
Querer saber demais
Sonho parece verdade
Quando a gente esquece de acordar
O dia parece metade
Quando a gente acorda e esquece de levantar
Mas sonho parece verdade
Quando a gente esquece de acordar
E o dia parece metade
Quando a gente acorda e esquece de levantar
E o mundo é perfeito
E o mundo é perfeito
E o mundo é perfeito...
Prioridades
Casa de Arnold Schwarzenegger vira museu
Os benefícios de oito frutas brasileiras
Cabelos em cores vivas voltam aos holofotes
Santos quer manter Neymar em 2012
Plano corta impostos para ajudar indústria
Você sabe se tem mau hálito?
Maratona de jogos mata viciado em Xbox
Prefeito destrói carro parado na ciclovia