30 de agosto de 2011
Aqui jáz um coração!
Mais que um mero poema - Rosa de Saron
Parece estranho
Sinto o mundo girando ao contrário
Foi o amor que fugiu da sua casa
E tudo se perdeu no tempo
É triste e real
Eu vejo gente se enfrentando
Por um prato de comida
Água é saliva
Êxtase é alívio, traz o fim dos dias
E enquanto muitos dormem, outros se contorcem
É o frio que segue o rumo e com ele a sua sorte
Você não viu?
Quantas vezes já te alertaram
Que a Terra vai sair de cartaz
E com ela todos que atuaram?
E nada muda, é sempre tão igual
A vida segue a sina
Mães enterram filhos, filhos perdem amigos
Amigos matam primos
Jogam os corpos nas margens dos rios contaminados
Por gigantes barcos
Aquilo no retrato é sangue ou óleo negro?
Aqui jaz um coração que bateu na sua porta às 7 da manhã
Querendo sua atenção, pedindo a esmola de um simples amanhã
Faça uma criança, plante uma semente
Escreva um livro e que ele ensine algo de bom
A vida é mais que um mero poema
Ela é real
É pão e circo, veja
A cada dose destilada, um acidente que alcooliza o ambiente
Estraga qualquer face limpa
De balada em balada vale tudo
E as meninas
Das barrigas tiram os filhos, calam seus meninos
Selam seus destinos
São apenas mais duas histórias destruídas
Há tantas cores vivas caçando outras peles
Movimentando a grife
A moda agora é o humilhado engraxando seu sapato
Em qualquer caso é apenas mais um chato
Aqui jaz um coração!
24 de agosto de 2011
23 de agosto de 2011
Brasil corrupção - Ana Carolina e Tom zé
puto saco de mau cheiro do Acre ao Rio de Janeiro
Neste país de manda-chuvas cheio de mãos e luvas
tem sempre alguém se dando bem de São Paulo a Belém
Pego meu violão de guerra pra responder essa sujeira
E como começo de caminho quero a unimultiplicidade
onde cada homem é sozinho a casa da humanidade
Não tenho nada na cabeça a não ser o céu
não tenho nada por sapato a não ser o passo
Neste país de pouca renda senhoras costurando
pela injustiça vão rezando da Bahia ao Espírito Santo
Brasília tem suas estradas mas eu navego é noutras águas
E como começo de caminho quero a unimultiplicidade
onde cada homem é sozinho a casa da humanidade
Luana Zili @luanazili
22 de agosto de 2011
Senadores da frente de combate à corrupção querem que sociedade pressione o Congresso
Diante de toda essa grande polêmica no congresso sobre o tal "escândalo dos transportes" e CPI's e mais CPI's, achei digna de mérito a declaração dos senadores que estão à frente de um grupo informal de combate à corrupção no Brasil quando disseram que a sociedade deve pressionar o congresso para que medidas sejam tomadas.
Vários deles se mostraram preocupados com a situação de escândalos e mais escândalos e disseram que é necessários que a população se mostre também inconformada com tal prática e provoquem uma mobilização legítma que cobre do congresso uma resposta imediata em favor do esclarecimento e resolução desses fatos notóriamente visíveis; a chamada faxina que Dilma Rousseff estava aplicando.
"A pressão de fora para dentro do Congresso é o que faz ele se mexer. Quando a movimentação começa a pressionar para votar determinadas matérias, o Congresso se move e faz. O exemplo melhor é o da Lei Ficha Limpa, porque foi uma ação popular e aí o Congresso não teve outra alternativa senão se curvar ao poder maior que é o da sociedade" Ana Amélia Lemos (PP-RS)
Reclamamos tanto desses escânda-los, de dinheiro na meia e na cueca, de propina e estorção, desvios e mais desvios de dinheiro, mas ficaremos apenas nessa indignação individual e momentânea? Vamos continuar deixando de lado nossa indignação com tudo isso depois de um churrasco de domingo ou vamos acordar na segunda-feira conscientes de que temos nosso papel na mudança do país? O que fazemos para melhor a vida em sociedade?
"Eu vejo que esse movimento é importante em razão de uma única palavra. Resistir! Resistência à corrupção. Não interessa quem seja a presidente, de que partido é a presidente. O que interessa é que nós temos que iniciar, ou dar continuidade para ganhar a luta e acabar com a corrupção. Porque não adianta você ter milhares de programas governamentais, bolsa escola, bolsa família, bolsa isso, bolsa aquilo se esse dinheiro não chega na atividade final, se esse dinheiro some na atividade meio." Pedro Taques (PDT-MT)
Colocamos os políticos sempre na berlinda e os rotulamos, dizendo que não tomam providências, mas agora o jogo se inverteu e eles, os poucos que ainda estão preocupados com a sanidade do congresso em vez cargos e emendas, estão contando conosco para fazer nossa parte. E agora Brasil, o que faremos? Usaremos nosso direito de expressão sofridamente reivindicado durante a repressão militar ou continuaremos a reclamar e reclamar sem tomarmos partido das coisas?
"Os filósofos até hoje se preocuparam apenas em interpretar o mundo; trata-se, porém, de transformá-lo" - Karl Marx
RECICLE SUAS IDÉIAS, REPENSE SEUS CONCEITOS!
Só sacanagem
Tudo isso que está aí no ar: malas, cuecas que voam entupidas de dinheiro. Do meu dinheiro, do nosso dinheiro que reservamos duramente pra educar os meninos mais pobres que nós, pra cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus pais. Esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade e eu não posso mais. Quantas vezes, meu amigo, meu rapaz, minha confiança vai ser posta a prova? Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais? É certo que tempos difíceis existem pra aperfeiçoar o aprendiz, mas não é certo que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz. Meu coração tá no escuro. A luz é simples, regada ao conselho simples de meu pai, minha mãe, minha avó e todos os justos que os precederam. 'Não roubarás!', 'Devolva o lápis do coleguinha', 'Esse apontador não é seu, minha filha'. Ao invés disso, tanta coisa nojenta e torpe tenho tido que escutar! Até habeas corpus preventiva, coisa da qual nunca tinha visto falar, sobre o qual minha pobre lógica ainda insiste: esse é o tipo de benefício que só ao culpado interessará! Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear! Mais honesta ainda eu vou ficar! Só de sacanagem!
Dirão: 'Deixe de ser boba! Desde Cabral que aqui todo mundo rouba!
E eu vou dizer: 'Não importa! Será esse o meu carnaval! Vou confiar mais e outra vez. Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos.'
Vamo pagar limpo a quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês. Com o tempo, a gente consegue ser livre, ético e o escambal.
Dirão: 'É inútil! Todo mundo aqui é corrupto desde o primeiro homem que veio de Portugal!'
E eu direi: 'Não admito! Minha esperança é imortal, ouviram? Imortal!'
Sei que não dá pra mudar o começo, mas, se a gente quizer, vai dar pra mudar o final!
Luana Zili, @luanazili
18 de agosto de 2011
O Mito da Caverna
Atrás deles, a certa distância e altura, um fogo cuja luz os alumia; entre o fogo e os cativos imagina um caminho escarpado, ao longo do qual um pequeno muro parecido com os tabiques que os pelotiqueiros põem entre si e os espectadores para ocultar-lhes as molas dos bonecos maravilhosos que lhes exibem.
GLAUCO - Imagino tudo isso.
SÓCRATES - Supõe ainda homens que passam ao longo deste muro, com figuras e objetos que se elevam acima dele, figuras de homens e animais de toda a espécie, talhados em pedra ou madeira. Entre os que carregam tais objetos, uns se entretêm em conversa, outros guardam em silêncio.
GLAUCO - Similar quadro e não menos singulares cativos!
SÓCRATES - Pois são nossa imagem perfeita. Mas, dize-me: assim colocados, poderão ver de si mesmos e de seus companheiros algo mais que as sombras projetadas, à claridade do fogo, na parede que lhes fica fronteira?
GLAUCO - Não, uma vez que são forçados a ter imóveis a cabeça durante toda a vida.
SÓCRATES - E dos objetos que lhes ficam por detrás, poderão ver outra coisa que não as sombras?
GLAUCO - Não.
SÓCRATES - Ora, supondo-se que pudessem conversar, não te parece que, ao falar das sombras que vêem, lhes dariam os nomes que elas representam?
GLAUCO - Sem dúvida.
SÓRATES - E, se, no fundo da caverna, um eco lhes repetisse as palavras dos que passam, não julgariam certo que os sons fossem articulados pelas sombras dos objetos?
GLAUCO - Claro que sim.
SÓCRATES - Em suma, não creriam que houvesse nada de real e verdadeiro fora das figuras que desfilaram.
GLAUCO - Necessariamente.
SÓCRATES - Vejamos agora o que aconteceria, se se livrassem a um tempo das cadeias e do erro em que laboravam. Imaginemos um destes cativos desatado, obrigado a levantar-se de repente, a volver a cabeça, a andar, a olhar firmemente para a luz. Não poderia fazer tudo isso sem grande pena; a luz, sobre ser-lhe dolorosa, o deslumbraria, impedindo-lhe de discernir os objetos cuja sombra antes via.
Que te parece agora que ele responderia a quem lhe dissesse que até então só havia visto fantasmas, porém que agora, mais perto da realidade e voltado para objetos mais reais, via com mais perfeição? Supõe agora que, apontando-lhe alguém as figuras que lhe desfilavam ante os olhos, o obrigasse a dizer o que eram. Não te parece que, na sua grande confusão, se persuadiria de que o que antes via era mais real e verdadeiro que os objetos ora contemplados?
GLAUCO - Sem dúvida nenhuma.
SÓCRATES - Obrigado a fitar o fogo, não desviaria os olhos doloridos para as sombras que poderia ver sem dor? Não as consideraria realmente mais visíveis que os objetos ora mostrados?
GLAUCO - Certamente.
SÓCRATES - Se o tirassem depois dali, fazendo-o subir pelo caminho áspero e escarpado, para só o liberar quando estivesse lá fora, à plena luz do sol, não é de crer que daria gritos lamentosos e brados de cólera? Chegando à luz do dia, olhos deslumbrados pelo esplendor ambiente, ser-lhe ia possível discernir os objetos que o comum dos homens tem por serem reais?
GLAUCO - A princípio nada veria.
SÓCRATES - Precisaria de algum tempo para se afazer à claridade da região superior. Primeiramente, só discerniria bem as sombras, depois, as imagens dos homens e outros seres refletidos nas águas; finalmente erguendo os olhos para a lua e as estrelas, contemplaria mais facilmente os astros da noite que o pleno resplendor do dia.
GLAUCO - Não há dúvida.
SÓCRATES - Mas, ao cabo de tudo, estaria, decerto, em estado de ver o próprio sol, primeiro refletido na água e nos outros objetos, depois visto em si mesmo e no seu próprio lugar, tal qual é.
GLAUCO - Fora de dúvida.
SÓCRATES - Refletindo depois sobre a natureza deste astro, compreenderia que é o que produz as estações e o ano, o que tudo governa no mundo visível e, de certo modo, a causa de tudo o que ele e seus companheiros viam na caverna.
GLAUCO - É claro que gradualmente chegaria a todas essas conclusões.
SÓCRATES - Recordando-se então de sua primeira morada, de seus companheiros de escravidão e da idéia que lá se tinha da sabedoria, não se daria os parabéns pela mudança sofrida, lamentando ao mesmo tempo a sorte dos que lá ficaram?
GLAUCO - Evidentemente.
SÓCRATES - Se na caverna houvesse elogios, honras e recompensas para quem melhor e mais prontamente distinguisse a sombra dos objetos, que se recordasse com mais precisão dos que precediam, seguiam ou marchavam juntos, sendo, por isso mesmo, o mais hábil em lhes predizer a aparição, cuidas que o homem de que falamos tivesse inveja dos que no cativeiro eram os mais poderosos e honrados? Não preferiria mil vezes, como o herói de Homero, levar a vida de um pobre lavrador e sofrer tudo no mundo a voltar às primeiras ilusões e viver a vida que antes vivia?
GLAUCO - Não há dúvida de que suportaria toda a espécie de sofrimentos de preferência a viver da maneira antiga.
SÓCRATES - Atenção ainda para este ponto. Supõe que nosso homem volte ainda para a caverna e vá assentar-se em seu primitivo lugar. Nesta passagem súbita da pura luz à obscuridade, não lhe ficariam os olhos como submersos em trevas?
GLAUCO - Certamente.
SÓCRATES - Se, enquanto tivesse a vista confusa -- porque bastante tempo se passaria antes que os olhos se afizessem de novo à obscuridade -- tivesse ele de dar opinião sobre as sombras e a este respeito entrasse em discussão com os companheiros ainda presos em cadeias, não é certo que os faria rir? Não lhe diriam que, por ter subido à região superior, cegara, que não valera a pena o esforço, e que assim, se alguém quisesse fazer com eles o mesmo e dar-lhes a liberdade, mereceria ser agarrado e morto?
GLAUCO - Por certo que o fariam.
15 de agosto de 2011
Até quando?
A gente muda o mundo na mudança da mente
E quando a mente muda a gente anda pra frente
E quando a gente manda ninguém manda na gente!
Na mudança de atitude não há mal que não se mude nem doença sem cura
Na mudança de postura a gente fica mais seguro
Na mudança do presente a gente molda o futuro!
Com muita fé e pouca luta
Levanta aí que você tem muito protesto pra fazer
E muita greve, você pode, você deve, pode crer
Até quando você vai ficar levando porrada,
até quando vai ficar sem fazer nada
12 de agosto de 2011
11 de agosto de 2011
Quem merece maior mérito?
Na ocasião todo o país, inclusive eu, ficou torcendo para o Brasil atingir uma boa pontuação no quadro geral de medalhas. Lembro-me que eu sentava à televisão e torcia durante as competições, impulsionado principalmente pelas narrações dos que faziam a cobertura de tais jogos - cobertura em massa que buscava toda e qualquer informação sobre os jogos. Eram centenas de repórteres brasileiros na China cobrindo o evento, e mais milhares no Brasil dando suporte técnico. Uma grande obra da mídia, não só brasileira, mas mundial. E o quadro de medalhas se fechou assim:
Bem, não foi aquilo que nós sonhamos, principalmente quando olho para o quanto de dinheiro fora investido para preparação e cobertura de tal evento.
Alguns dias após o final das olimpíadas ouvi, em uma reportagem rápida no jornal nacional, que nos jogos paraolímpicos que estavam acontecendo o Brasil já somava um quadro de 23 medalhas, sendo que os jogos ainda não haviam acabado. Comecei então a pensar: por que não estão cobrindo esses jogos da mesma forma que cobriram as olimpíadas?
Assim segue-se o quadro de medalhas da paraolimpíada de 2008
E volto a perguntar-me nesse palco de atividades para receber o jogos olímpicos e paraolímpicos em 2016: Quem será prioridade? Quem merecerá maior mérito? Quem terá a maior cobertura da mídia?
O homem às vezes - ou sempre hehehe - me parece irracional, pois despreza o 9º colocado para ficar com o 23º! Por que será que isso acontece? Será que o 23º dá mais retorno à mídia por ser todos atletas famosos e o 9º apenas atletas desconhecidos? Mas quem trás mais orgulhos à nação: o 9º lugar com 47 medalhas conquistadas por pessoas que superaram suas deficiências e dificuldades ou o 23º lugar com 15 medalhas conquistadas por atletas renomados e que não possuem nenhuma deficiência e por outro lado têm maior estímulo capital, da mídia e maior infra-estrutura?
Quem merece maior mérito?
RECICLE SUAS IDÉIAS, REPENSE SEUS CONCEITOS!
9 de agosto de 2011
5 de agosto de 2011
Apenas um caminhante...
4 de agosto de 2011
3 de agosto de 2011
O Tempo
2 de agosto de 2011
Um pouco de poesia
Nem toda palavra é
Aquilo que o dicionário diz
Nem todo pedaço de pedra
Se parece com tijolo ou com pedra de giz
Avião parece passarinho
Que não sabe bater asa
Passarinho voando longe
Parece borboleta que fugiu de casa
Borboleta parece flor
Que o vento tirou pra dançar
Flor parece a gente
Pois somos semente do que ainda virá
A gente parece formiga
Lá de cima do avião
O céu parece um chão de areia
Parece descanso pra minha oração
A nuvem parece fumaça
Tem gente que acha que ela é algodão
Algodão as vezes é doce
Mas as vezes né doce não
Sonho parece verdade
Quando a gente esquece de acordar
O dia parece metade
Quando a gente acorda e esquece de levantar
Hum... E o mundo é perfeito
Hum... E o mundo é perfeito
E o mundo é perfeito
Eu não pareço meu pai
Nem pareço com meu irmão
Sei que toda mãe é santa
Sei que incerteza traz inspiração
Tem beijo que parece mordida
Tem mordida que parece carinho
Tem carinho que parece briga
Tem briga que aparece pra trazer sorriso
Tem riso que parece choro
Tem choro que é por alegria
Tem dia que parece noite
E a tristeza parece poesia
Tem motivo pra viver de novo
Tem o novo que quer ter motivo
Tem aquele que parece feio
Mas o coração nos diz que é o mais bonito
Descobrir o verdadeiro sentido das coisas
É querer saber demais
Querer saber demais
Sonho parece verdade
Quando a gente esquece de acordar
O dia parece metade
Quando a gente acorda e esquece de levantar
Mas sonho parece verdade
Quando a gente esquece de acordar
E o dia parece metade
Quando a gente acorda e esquece de levantar
E o mundo é perfeito
E o mundo é perfeito
E o mundo é perfeito...
Prioridades
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